7
enero 2002
   
Chankecham
 
  


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De Viagem polo mundo dos sonhos:


Fantasia-II

Tâo intenso era o brilho de aquela estrela,
que me cegou e este corpo cansado nâo teve
outra alternativa que pousar em lugar desconhecido,
sem nome visivel, nem corpo palpavel.
Ali tinha moitas e inusitadas formas de vida, tantas
que desconcertado entrei num bazar donde se
ofereciam em corpo e alma bonecas sedutoras para
todos os gostos. Olhei tanto e quanto um curioso
em pais exòtico costuma fazer, e reparei numha
que sô tinha o teu nome, nâo tinha rosto nem corpo,
digamos que era invissivel e que com ela fiquei.
As outras tâo belas e sedutoras nâo me atraiam.
Foi o teu embrujo quem me seduciu, cree-me.
Oh bela sem rosto! proba disso è que quando
te toquei meu corpo se excitou atal ponto que
senti teus labios nos meus a sugar meu alento
e quando meus dentes tocarom com ternura
o pòmulo da tua caprichosa orelha, escutei
extasiado o bruar dum mar enfurecido pola
paixâo. Foi entâo quando reparei que tinha
nos meus braços a mulher dos meus sonhos.
Tanto assim, que continuei, por aquel
corpo invisivel a lamber e sugar como
se fora um sorvete e vai que topo jà
com aqueles mamilos de sabor de limâo.
Nao quero continuar o meu recorrido
por que apòs o umbigo venhem outras
cousas donde montes e mares se
confunden e eu sô estou de viagem
por este maravilhoso mundo dos sonhos.
Agora, despois de tanto prazer bou
descansar. Amanhà quen sabe se nâo
me confundirei e quiças que nâo te
atope pois es invisivel, mas polo aroma
que tua alma deixou em mim, inconfudivel
por certo, nâo me escaparàs, jà que
para mim te quero e se tu me desejas,
que mais se pode pedir??

 

 

© Chankecham
Santiago de Compostela
3/11/2001

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De Viagem polo mundo dos sonhos:


Fantasia-III

Olà minha adorada Feiticeira.
Gratas novas hoje, te vou a contar.
Acabo de atracar alì meso, nesse lugar,
no que a graciosa Venus fez seu ninho e
nele achei pousada donde comer e beber
o que quiser e a fartar. Que gostosa comida,
que molhos e que aroma tâo grato ao paladar.
Um dia destes ei-te de convidar. Dà por certo
que hàs de comer do meu prato e que nunca mais
doutro vas a gostar. Para mim e para os meus
invitados tudo è de graça e nada hà que pagar, e
polo carinho gostoso mas o amor que te dâo e os
extras que no acto te servem,se de entojo estàs,
ou por provar, ainda se desfazem em cumplidos
e com caricias pagam, por o feito de mandar.
Assim è minha graciosa mensageira dos Cèus,
este precioso lugar a donde vim dar, tal que
ainda hoje cansado estou de tanto singrar,
atè o triste ponto de que jà home nâo hà
nem farrapo de gaita tèm pra tocar.
Tal vez se a mìm vieres, nas alas do vento,
arroupada do teu esplendor e donosura
sem par, podia-se dar o milagro de què
como um novo Làzaro viera eu levantar.
Mas tu nâo vens, nâo apareces por nengum
lugar e este velho timonel sôsinho, para ti
a proa da nave quer,mas nâo pode enfiar.
Agora jà, todas sâo nèboas e nubens negras
que me estâo a cercar! Vem a mim. Oh linda
Fada misteriosa! Vem, o meu Cèo clarejar,
que este servidor a gosto teu, nâo meu,
te hà de despachar e quem sabe se nâo
quereràs recuncar!!

 

 

© Chankecham
Santiago de Compostela
4/11/2001

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De Viagem polo mundo dos sonhos:


Fantasia-IV

Por fim, preciosa, achei o que procurava.
Eis aquì umha parcela idònea para
cansar corpo com sacha e arado.
Nào tam dùvida que o trabalho,
fermento da vida è o elixir mais eficaz
para solucionar toda caste de problemas.
Àrdua foi a tarefa,mas com suor e vontade
preparei o terreno e logo semeei a parcela
e coma os antigos, a boleio, espargi as
estrelas do Cèo. Preciosa minha!
Se souberas o feliz que estou!
Hoje jà recolhi os primeiros frutos
que com tigo quero compartir.
De entre tantos escolhi o mais
irradiante e luminoso, o què como
um talismâo, quando o tenhas nas
mâos, os teus desejos, em realidade
se tornarâo.
È sô pensar em mim, ansiosa de
olhar-me como um Apolo sedutor
e assim em teus braços me teràs,
febril a suspirar mentres te mordo
com ternura um làbio apos o outro.
Se teu anelo for ver-me tranformado
em nimfa sedutora, ao instante no teu
colo estarei seio com seio mentras sugo
teu pescoço, mesmo debaixo da orelha.
Magico fruto este è que te envio, para
que sejas entre todas as belas a mais feliz.
Pois que jà bem sabes, que o meu prazer,
esse que sô è dado desfrutar aos eleitos
dos Deuses, è verte gozar como umha
Deusa rodeada de estrelas para admiraçâo
dos tempos futuros.

 

 

© Chankecham
Santiago de Compostela
4/11/2001

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De Viagem polo mundo dos sonhos:


Fantasia-V

Parecia umha ilha mas era umha nuve
tâo bela e acolhedora, que decidi fazer alì
o meu ninho com quatro arbustos e um pouco
de erva seca que serviria de leito. Mas, que digo?
Aquelo era umha nuve tâo macia como um colchâo
feito, de espuma de mar. Pensava instalar-me quado a
minha bem amada viera, mas ei-te que jà ali à minha
espera estava, vestida de Eva, com traje turbador.
Eu, para nâo ser menos, fardei de Adâo luzindo todas
as minhas galas. Para começar o acto, acerquei èla
atè mim e a instalei no meu colo, de jeito que com ternura
e o maximo de delicadeza fui oferecendo todo o meu amor
atè encher, sempre suave, seu covisado peto, o que notei
por sua maravilhosa cara de satisfaçâo. entâo jà
emocionada, começou a mover-se presurosa mas eu
calmei-a falandolhe mole e suave que sosegara, que fora
de vagar,vagarcinho, que as cousas gostosas hà que
rendelas e assim o fez e estivemos a olhar-nos mentras
tenuamente nossos corpos balançavam como umha
barcarola em placido mar. Agora meu bem, disse,
encosta a tua cabeçinha no meu peito e sorrindo
obedeceu, Feliz da vida que se atopava! Voltei a dizer
deija eu fazer, que tenho mais experència, ou nâo?
Bem, o teu gemiar è prenùncio de precipitaçâo.
Dame a sorver teu alento e a sugar teus seios
jà tensos como bico de limâo. Acalma gatinha,
que estamos a sôs e temos todo o tempo do
mundo e sem olhos lascivos a nos espreitar,
Assim com meiguice e quando logo a hora
chegar explodiremos a um tempo, mentres,
degusta os doces aromas de savor a Cèo
e da mùsica celestial que nos oferece o vai
e vem do teu badalar. Agora, aperta, grita,
làia-te, nâo te reprimas que esto è o fim. E
assim explodimos, navegando numha nave
pendurada do Cèo. Logo do climax, veu o
extaxis que me fez lembrar aos incredulos
que sostenhem que o Cèo nâo existe!

 

 

© Chankecham
Santiago de Compostela
5/11/2001

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De Viagem polo mundo dos sonhos:


Fantasia-XV

Por fim cheguei
oh minha doce feiticeira
ao pais das gratas novas que tanto almejei.
E, oh prodigio! Alì estavas ti
deitada em perfumada e pomposa flor
a lucir corpo belo e luxurioso
de jeito que como ìman
ao teu lado me atraiu
e qual possuido por exòtico narcòtico
pousei sobre de ti e tu carinhosa
com os teus delicados dedos
meus olhos fechas-te e ao instante
teus làbios mornos na minha boca sentì.
Logo essa tua ardente lingua
começou a furar atè que com
a minha atopou e se pus a brincar.
Quem me ia à dizer
que a este potro selvagem
e indomàvel que sempre fui
em tâo breve tempo ias domar
de jeito que num abrir
e fechar de olhos a minha grupa
e a pêlo limpo sem bridas
nem sela estavas a galopar
jà bem assentada fogosa domadora
neste teu Alazâo.
Como o soubeste indireitar
polos caminhos mais preciosos e gratos
que esta terra dos meus amores
oferenda a todos
os que sabem da naturaleza
as belezas saborear!
Logo havil amazona
para o cùmeo mais alto da
montanha me dirigiste
para là tu mas eu poder
com nossas mâos o cèo tocar
e assim foi mas cansados
eu de tanto cabalgar
e tu de tanto me esporear
deitamos logo corpo em terra
na esperança de descansar.
Empenho Inutil
pois insaciavel e fogosa
em mim trepaste
e com ìmpetu inusitado
e sorrindo como
querendo-me enfeitiçar
ao galope me
lanças-te polos cèos
e a voar
entre nubens e estrelas
no imenso e infindo espaço
tal um cometa
a navegar
Atè que logo ao fim
consumamos
a mais bela
das fantasias que jà
quiseram realizar
quando no paraiso estavam
a bela Eva e
o bondoso
pai Adâo.

 

 

© Chankecham
Santiago de Compostela
30/11/2001

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De Viagem polo mundo dos sonhos:


Fantasia-VI

Seducido polos teus encantos,
Oh Feiticeira minha! no templo do amor entrei,
nesse maravilhoso espaço donde a beleza se
venera e se adora o amor. Procurei por ti e nâo te achei,
milheiros de beldades habia alì, mas tu que me seduces,
por quem eu suspiro, ati nâo vi. Desauciado, em transe
de desespero, saì para o jardim, esse lugar indizivel donde
as flores se contam por mil e todo ele percorri e Oh infeliz!
tâo pouco te achei, nâo estavas alì!Triste e desolado fiquei,
mas no instante, mesmo quando ia sair, a mim chegou aquele
passarinho, que dos Cèos desce para comigo parolar e
pousando no meu hombro,ao ouvido, assim me falou:
A que tu procuras nâo atoparàs, pois escondida està
no teu coraçâo, nele achou ninho garimoso e nâo quer
sair. Em tal escutando rasguei o peito e em canal o abrì,
e arrincado amor e coraçâo das entranhas, no jardim
os plantei e aos dous dei vida nova, um novo vivir. Oh
ditosa! Sorrindo, como querendo dizer que à brincar,
estavas, mas nunca fugindo de mim, da mâo me levaste
ao leito de rosas, de pètalos feito, que a tua espera estava alì,
para desfrutar fogosa de mim. E gozaste quanto quiseste,
jà que tudo o que desejaste, docil e com arte te dei e ainda
com novas maneiras e poses, nunca antes ensaiadas, com
plazer e goze para mim, a mais ditosa do mundo te fiz.
Logo jà esgotados, mas insinuando-me com teu meigo
olhar que apos umha pausa, tinhamos que proseguir,
dormido fiquei e o mais belo sono da minha vida,
em teus braços dormì.

 

 

© Chankecham
Santiago de Compostela
7/11/2001

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